sábado, 3 de outubro de 2009

a vida é esta incerteza que em mim mora








Cheguei.
Sinto de novo a natureza
Longe do pandemônio da cidade
Aqui tudo tem mais felicidade
Tudo é cheio de santa singeleza
Vagueio pela murmura leveza
Que deslumbra de verde e claridade
Mais nada.
Resta vívida a saudade
Da cidade em bulício e febre acesa
Ante a perspectiva da partida
Sinto que me arranca algo da vida
Mas quero ir.
E ponho-me a pensar
Que a vida é esta incerteza que em mim mora
A vontade tremenda de ir-me embora
E a tremenda vontade de ficar.

2 comentários:

  1. interessante poema de beleza com leveza amargurada....é seu Paula?

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  2. não João, felizmente não sou poeta, é do Vinicius, esqueci-me de escrever o nome do autor.

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