Amo os teus defeitos, e tantos
eram, as tuas faltas para comigo
e as minhas; essa ênfase
de rechaçar por timidez; solidão
de fazer trepadeiras, agasalhos
para velhos, depois para netos;
indulgência de plantar e ver
o crescimento da oliveira do paraíso,
carregada de flores persistentemente
caducas; essa autoridade, irremediável
desafio; e a astúcia
de termos ambos quase a mesma cara.
António Osório
e percebe-se que bebeu uma chávena por cada defeito enumerado...
ResponderEliminar{ou seja, quanto a falta de chá, estamos conversados ;)}
ah ah ah
ResponderEliminarafoguei os defeitos em chá, há quem afogue em vinho :)
na Arcádia, no Porto, as senhoras da "sociedade" lanchavam, e era-lhes servido em bules e chávenas de chá, vinho. para todos os efeitos, era chá que bebiam, que animava as conversas, o desenrolar dos rosários, dos casamentos, coscuvilhices da vida alheia. eu era criança, lanchava com a minha avó, olhava de soslaio e ria...
ResponderEliminarlembrei-me de repente, tantos anos para trás e a minha avó Dulce Esperança (nome mais lindo não há), que era fina como um alho, com um sentido de humor único, de repente aqui {incomodam-lhe os dentes? faça como eu! meta-os ao bolso!!! ahahahah , boa vovó!!}:)) beijo-te, no meu coração aconchegada, vovó!!!