domingo, 26 de abril de 2020

arrependimentos inesperados

















Hoje estava à tua espera
 e não vieste.
 E sei bem o que significa a tua ausência, 
a tua ausência que alvoroçava
 o vazio que deixaste, 
como uma estrela. 
Dizes que não me queres amar. 
Como uma tempestade de verão
 que se anuncia e depois se afasta,
 assim te negaste à minha sede.
 O amor, ao nascer,
 tem destes arrependimentos inesperados. 
Em silêncio
 nos entendemos. 

 Amor, amor, como sempre, 
quisera cobrir-te de flores e de insultos 


 Vincenzo Cardarelli










12 comentários:

  1. eu também :)

    aquilo das flores e dos insultos é um inédito maravilhoso (e eu nem gosto que me oferecçam flores, os homens, só cactos e suculentas)

    gracias, Anuska*

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  2. O poema é bonito e o amor pequenino. :)

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  3. Poema de doce sedução que muito gostei de ler
    .
    Se possível gostava que o link do meu blogue - onde já existe o link do seu - fizesse parte da lista dos seus blogues que visita (ou não) ou a visitar. Caso ainda não exista.
    .
    http://pensamentosedevaneiosdoaguialivre.blogspot.com/
    .
    Sincero agradecimento

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  4. E este poema é mesmo tão bonito!
    Obrigada Ana

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