domingo, 13 de junho de 2010

não digas nada

























Não digas nada – a tua boca já me pertenceu
e agora tenho ciúmes das palavras. O que
disseres será um beijo pousado nos lábios de
outra mulher, dor e mais dor, traição maior
para quem acreditou que o teu amor era para
a morte. Não fales – tenho também ciúmes

da tua voz; ouvir-te é ficar só uma vez mais.





 
Maria do Rosário Pedreira














4 comentários:

  1. Que poema triste, mas que fala do que normalmente não se consegue falar!

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  2. é verdade Paula, sente-se e cala-se...

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  3. Como sempre a qualidade nas escolhas está sempre presente. Beijo

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  4. obrigada João. 'estragas-me com mimos' :))

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