chegaste donde o medo tecia os meus cabelos
donde os pássaros ardiam a voz
donde só o silêncio se desconhecia
era tão larga a morte
era tão larga a morte
que não se podia ver dos meus olhos
chegaste quando o fim sangrava dos meus braços
a casa soterrou-me dos teus passos
terra de mim todo
chegaste pelo coração de água da noite
quando o mistério escorre em grito pelos telhados
e Deus se desabita
chegaste tão de dentro de mim mesmo
que agora que a morte me nasce na garganta
a noite e o meu rosto são alguém
que eu próprio desconheço
Pedro Sena-Lino
para este, já me vieram as palavras:
ResponderEliminarvou @r
[e um pontinho em cima de uma vírgula e o lado direito de um parênteses]
@ar, linda palavra... ladrão que @ a ladrão ...
ResponderEliminarantigamente escrevia roubar, mas depois vinha o rato e ficava r-ub-r ou -ou-ar...
ResponderEliminara solução foi o @r, que passa disfarçado (consta que ele não percebe tratar-se de uma palavra)
eu não me fiava, olhe que ele é fino como um rato... durma bem ... tenha cuidado, eles às vezes roem narizes...
ResponderEliminarobrigado pelas suas palavras tão reconfortantes... é deveras tranquilizador esse pensamento, de ficar com o nariz roído durante a noite
ResponderEliminarnão seria o primeiro caso
ResponderEliminareu já experimentei a sensação de me passar um rato por cima da cara enquanto dormia... acordei , claro... boa noite, senão o rato rói-me o sono, dois pontos seguidos de parêntesis direito.