OLHAR AS CAPAS
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*A Cidade e as Serras*
*Eça de Queiroz*
*Círculo de Leitores, Lisboa, Setembro de 1984*
*Sacudi violentamente Jacinto: *
*- Acorda, homem, que estás na...
O futuro da edição
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Embora trabalhe num grupo editorial de peso, não me são estranhas as
preocupações das editoras independentes, não só em Portugal, onde a
ausência de livr...
Francisco García Marquina (Testamento ológrafo)
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TESTAMENTO OLÓGRAFO
Llegados a este punto comienzo a desbarrar
y a insultarte con gracia, a hacerte algunas
proposiciones indecentes.
Este poema es...
mundo...
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*Quando nasci, um anjo torto *
*desses que vivem na sombra *
*disse: Vai, Carlos! ser *gauche* na vida. *
*As casas espiam os homens *
*que correm atrás de ...
Pentangle - Willy O Winsbury
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*The king had been a prisoner*
*at a prison long in Spain*
*And Willie of the Winsbury*
*has lain long with his daughter at home.*
*"What ails you, ...
desenho
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o rapaz que estoicamente continua a tentar ensinar-me a arte do desenho,
diz-me que exagere, que ao desenhar a figura humana exagere nas curvas, nas ...
egito gonçalves / outubro
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Os mortos esperam o frio de Novembro
enquanto as pétalas dos crisântemos se vão definindo
neste meio de Outubro, hereditariamente mortiço.
Os mortos est...
QUANDO O TEMPO QUISER
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Há coisas que não dependem da pressa, nem da ansiedade.
O tempo tem seu próprio compasso, um ritmo invisível que conduz a vida.
Quando o tempo quiser, as r...
O mandato
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Ao motorizado entregador de comida, de uma daquelas inúmeras plataformas
com nomes como Uber Eats ou Glovo ou Bolt, que vinha em contramão numa rua
estreit...
Saudade
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Do teu sorriso tenho saudade
Das tuas palavras de felicidade
Do teu abraço tão acolhedor
Dos teus lábios quando sorrias
Perante as palavras que dizias
C...
K-Punk - Mark Fisher
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Em 2003 iniciei o meu primeiro blogue. Chamava-se "Pedra no charco" e era
uma amálgama de ideias idiotas. Resumindo: não tinha ponta por onde se
pegas...
O PAÍS QUE FICOU NO QUINTAL
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Ontem sonhei com o Velho do Restelo. Estava no psiquiatra a tomar café e
a queixar-se da pátria. Não é culpa minha, Portugal é um velho teimoso que
cheir...
C de "Canção diante de uma porta fechada"
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O título é de Agustina Bessa Luís; a fotografia de uma capela entrevista em
Cascais;
a vontade de (re)ler *The Time of the Angels*, de Iris Murdoch, e t...
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Se os começos valem para alguma coisa
se antes buscávamos o toque de um sino
arrancado como um fruto excessivo
à torre da igreja por algum demónio,
se isto...
Férias : Snoopy fez 75 anos ? Wow ! Parabéns !
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Snoopy 75 Aniversário
https://www.peanuts.com/
A 2 de Outubro de 1950, Charles M. Schulz lançou uma nova banda desenhada
com um improvável h...
Gato Azul, de Hagiwara Sakutaro
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Poema de Hagiwara Sakutaro (1846-1942), poeta japonês, da sua colectânea
com o mesmo nome Aoneko (Gato Azul) de 1923. GATO AZUL É bom amar esta bela
cidade...
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Este ano o verão atravessou Lisboa. O verão foi invisível. Atravessou a
cidade e os outros levou do meu corpo memórias do teu nome. joão miguel
fernandes j...
PELE DE PAREDE
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Os azulejos de Gilberto Renda são pele de parede,
Os painéis de madeira, nas salas da preciosa Vila Idalina,
Os antigos papeis de parede da Casa Vermelha,
Os...
Tragédia no Mar
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"Tragédia no Mar" é a denominação do feliz grupo escultórico de José João
Brito, visto aqui na tarde de hoje. Inspirado numa tela de Augusto Gomes, o
monum...
No meio do ruído das coisas.
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Duas despedidas tristes: a de Paulo Tunhas (1960), filósofo, cronista,
poeta, professor; e a de Luís Carmelo (1954), romancista, professor, poeta,
ensaís...
CARLOS POÇAS FALCÃO
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[TODOS OS DIAS VIAJO PARA A CULPA]
Todos os dias viajo para a culpa.
É lá onde trabalho, movendo e removendo
juízos e vergonhas, vergando-me nas margens
do...
ninguém conhece o infinito
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A culpa é tua se dizes sempre
o mesmo nome
se tens sempre a mesma idade
e a mesma casa, se quando
revelas a tua identidade
é impossível que o céu te explud...
FATIADA
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Era o céu inteirinho que chovia, como se fosse castigo, alagando tudo em
redor.
Como se o mundo se aglomerasse para chorar, acotovelando-se na visão
catas...
Que seja eterno
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Mas de nenhum destes modos te sei amar, tão fraco ou inábil é o meu
coração, de modo que, por o meu amor não ser perfeito, tenho de me
contentar que seja e...
Uma Alma Inquieta
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Eu sabia há três anos que Ela me viria bater à porta a qualquer momento,
mas não sabia como seria informado da sua chegada.
Desde Maio que peço, quase dia...
sem que ele note
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tão longe vai o tempo em que ele morria em mim. acontecia aos poucos, a
imagem dele a querer fugir do meu peito, ele a ausentar-se lentamente dos
meus ...
Tempo
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Eu não amava que botassem data na minha existência. A gente usava mais era
encher o tempo. Nossa data maior era o quando. O quando mandava em nós. A
gente ...
É isto o Amor
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Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: «Como é ma...
Pó dos Livros
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Setembro de 2007, abrimos as portas, e já nessa altura planava sobre nós o
abutre. Nunca passava para cá da linha da porta. No entanto, rondava de
perto...
Más poemas de Levertov (según ST)
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Photographer unknown, provided by Jan Wallace, The Project Room
*i*
Él recoge botones de vidrio del fondo del mar.
Las branquias de la mente palpitan en...
Burrinho
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Fui à procura de um caderno para escrever. Volto a ter vontade de
escrever. Não quero, não sou capaz, de escrever frases, textos, quero
apenas apontar as ...
o escritor enquanto cão-guia
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Grassa, em lusas terras, já há algum tempo, o paradigma do escritor como
«cão-guia». O leitor ou leitora, pitosga ou mesmo ceguinho deverá ser
levado pela ...
tomorrow never comes (III)
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Tentava escrever
o esboço - vestígio do corpo,
a macia semente do vento
a traço de giz
da cor do barro, da cor da nuvem carvão;
acontecia o espinho, o p...
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Um corpo sem véu, despojado do barulho do mundo. Apenas o grão da pele para
o vestir. Um corpo nu, imóvel e cheio de estorias caóticas e cicatrizes.
Um co...
Saídas a dois
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Estava tudo combinado para aquele final de tarde: saía do trabalho direta à
escola, entravamos juntos no carro, sorridentes e enamorados, e seguíamos
para...
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demasiado depressa o silêncio
de braços inertes
não consigo alcançar-te
ou olhar-te sequer
nem colher a tempo tudo o que devia
(tudo o que julgo que de...
Carta a Paris 16 de Março de 2015
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16 de Março 2015
10:07
Está frio. O céu, imenso e de um cinza quase branco, leva-me os sentidos e
a minha vontade. Ainda assim decidi ir a Paris, onde te...
1930-2015
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não chamem logo as funerárias,
cortem-me as veias dos pulsos pra que me saibam bem morto,
medo? só que o sangue vibre ainda na garganta
e qualquer mão e ...
SANTO ANTONINHO DOS ESQUECIDOS
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* para o José Carlos Soares*
O esquecimento tem portões
fechados e velas a acordar
o crepúsculo enquanto o vento
sop...
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Vestiu-se de nevoeiro e foi dançar
pés de musgo
mão na anca e outra estendida no ar
gotas de chuva mansa no olhar
um peso leve
acariciando a terra húmida
em...
Espaço : se alguém disser que morri...
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Robert & Shana Parkeharrison
*se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,*
*escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.*
*nã...
m-it- b-m r-ub-do!
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=4O2TS0gaaH0&feature=related
ResponderEliminarah, mas este é o rato bom, este é o que cozinha cá em casa ;)
ResponderEliminaro outro é que não faz mais nada senão comer letras às palavras.
h m m.... ent o sse foi p ra aí! m la dro! a fal a que me faz a ui. ......
ResponderEliminartic tic tic tic
chlép chlép
{um pontinho em cima de outro pontinho e o lado direito de um parênteses}
ResponderEliminar:)
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