sábado, 29 de outubro de 2011

Quando aqui não estás o que nos rodeou põe-se a morrer
























Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer

a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrerem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas

um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz

quero morrer
com uma overdose de beleza

e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador





al berto







8 comentários:

  1. huuumm...morrer assim deve ser uma delicia..rs..bj

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  2. não. morrer, não.
    bom domingo, Quim

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  3. Pretexto para dizer que gostei de descobrir este lugar no meio do mundo.


    José Manuel
    http://subito-jmts.blogspot.com/

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  4. Obrigada, José Manuel, ainda bem :)
    bom feriado!

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  5. uma fotografia poderosa a ilustrar o poema...

    resumindo: uma overdose de beleza, sem sombra de dúvida.

    beijinho*

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  6. overdose... :)
    beijinho, Vanessa! boa quarta, o meu dia preferido :)

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