Obcecado pela linguagem escrita, monólogo gráfico esperançado apenas na réplica mental de hipotéticos leitores, quase que me esquecera de reparar no milagre da oralidade, da comunicação directa, franca, livre, sem ambições quiméricas de antologia e perenidade. A palavra temperada pelo sal da boca, arredondada pela graça labial, ágil ou morosa consoante a urgência da oração, e sempre ajudada pela presença e atenção dos ouvintes. A repetição permitida, e até desejada em certos momentos, o gesto a sublinhar e a fortalecer a intenção, os próprios silêncios a colaborar na significação e clareza do discurso.
Xabier Díaz & Adufeiras de Salitre - Cantiga da Montaña
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*Ó pasar pola túa porta*
*Levo presa e vou correndo*
*Porque non digan teus pais*
*Que de amores te pretendo*
*Ó pasar pola túa porta*
*Levo presa ...
Há 6 horas
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