domingo, 16 de maio de 2010

procurei-te sem fim nos dias mais incertos


























Escrevi o teu nome em todos os lugares,
procurei-te sem fim nos dias mais incertos,
tive sede de ti na solidão dos bares
e fome do teu corpo em todos os desertos.



Fui soldado e lutei em busca do teu rosto,
que vi impresso a fogo em todas as esquinas.
Deixei que me queimasse a dor do sol de Agosto
e mergulhei sem medo em plagas submarinas.



Para te ter venci as longas avenidas
de todas as cidades que ninguém ousou.
E por ti viverei largos anos de vida
na ânsia de te dar tudo o que tenho e sou.








 Torquato da Luz







1 comentário:

  1. Encontraste-me... aqui :)

    Vasco (teu)

    "Pertenço-te no silêncio dos meus lábios
    Que dão guarida aos meus segredos.
    Pertenço-te na primeira luz da manhã,
    Enquanto o sono abraça teus olhos,
    Posseiro dos teus caminhos e vontades.
    Pertenço-te, sem saber porque, nem como,
    Sem explicações e mesmo anonimamente.
    Pertenço-te no desejo atrevido e úmido
    Que te instiga a imaginação e te dilui a razão.
    Pertenço-te quanto mais me negas,
    E sei-me tua nos beijos que não me deste,
    Nos arrepios que eriçam meu nome em tua nuca,
    Nos sussurros que em tua boca acorrentas.
    Pertenço-te na indecisão das tuas mãos,
    E nas tuas tantas deliberadas recusas,
    Nas trilhas que ocultas tuas confissões.
    Pertenço-te na distância que me impões
    Quando transbordam carícias do teu corpo
    E indefeso, clamas para que meu tato adormeça.
    Pertenço-te nas entregas que adias,
    Nos carinhos que tão bem atas,
    E que vais somando aos teus desamparos.
    Pertenço-te, quando teu corpo debruça-se
    Buscando em meu êxtase, os teus ais.
    Pertenço-te no espalmar de tuas ânsias
    Quando em teus lençóis, procuras-me
    Resgatando-me nos vestígios dos teus sonhos.
    Pertenço-te no entrelaçar dos teus dedos tensos,
    Quando ainda não presumes minha chegada,
    E hesitas em fazer-me teu destino, porto e acalanto.
    Pertenço-te, quando te ausentas de ti,
    E apenas a saudade de mim te alcança.
    Pertenço-te sem horas, sem entender onde
    Porque sempre fui tua, antes mesmo de te amar..."

    Fernanda Guimarães

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