domingo, 8 de novembro de 2015

hoje sou dum céu que tem gaivotas


















Contente de me dar como as gaivotas
bebo o Outono e a tarde arrefecida.
Perfeito o céu, perfeito o mar, e este amor
por mais que digam é perfeito como a vida.
Tenho tristezas como toda a gente.
E como toda a gente quero alegria.
Mas hoje sou dum céu que tem gaivotas,
leve o diabo essa morte dia a dia.






Eugénio de Andrade, Com as gaivotas
















12 comentários:

  1. para mim, é o frágil e eterno eugénio

    ResponderEliminar
  2. Sim, também gosto do céu e do rio com gaivotas...

    Com quem me dou, com a discrição costumeira.:)

    ResponderEliminar
  3. É a esse céu que pertenço!

    Beijos, ana. :)

    ResponderEliminar
  4. Respostas
    1. quando elas estão pousadas, em terra, em areia, em rocha, em falésia... :)

      Eliminar
    2. Não querendo picuinhas as gaivotas são mais que as mães, podem estar nesses sítios todos, e continuar a não haver céus sem gaivotas.

      Quero os meus céus com gaivotas, prontos! :) uma gaivota a voar fica sempre bem nas fotografias

      eu a escrever sou uma desgraça, ficam sempre letras para trás.
      O que vale é que releio, senão o que escrevi em cima ia-me valer prisão em muitos países...

      Eliminar
    3. eu sei, eu sei, mas há breves momentos em que as gaivotas pousam, como que combinadas. repare, viradas de frente contra a direcção do vento... por instantes, só...
      eu também sou uma desgraça a escrever, constantemente a corrigir...

      Eliminar
  5. Gaivotas em voo...a mais pura manifestação de liberdade...

    ResponderEliminar