Hoje, a saudade de ti: punhalada
de tinta muito branca,
o cheiro do que é novo, o cheiro da
doença a alastrar
Se estivesses aqui, dirias o meu nome
corrigias-me as coisas, e tudo estava
bem, mesmo que dentro de sentido
opaco
A tinta muito branca, o cheiro
que é do novo, aqui deste café,
corrigem-me a memória:
o cozinhares tão mal, a desarrumação
em tantos cantos, os nomes que criavas
para chamares as coisas
outra coisa
E os pedidos depois,
súplicas do silencio e do não choro,
tenacidades de viver igual,
e não ceder tanto – e não ceder
Hoje, em tão grande saudade,
minha amiga,
nem sei o que me resta:
Sonhar com o telefone a tocar,
e a voz,
ou eu a corrigir-me o hábito
do número –
Olá Paula
ResponderEliminarRecebi o teu convite e vim dar uma espreitadela, os teus blogues são muitos bonitos! vai ser com prazer que voltarei
Agora diz-me por favor és a Ana Paula minha amiga? ou foi por acaso que me encontras-te? fiquei cheia de curiosidade...
Beijinhos
Não sou, foi através de um comentário que deixaste lá do outro lado.
ResponderEliminarObrigada por teres respondiso, olha o convite para o 'Modos-de-olhar' só funcionou uma vez! agora já não consigo entrar!
ResponderEliminarBjs
A saudade é sempre uma punhalada, que dá um sabor de amargura a um sentimento doce. Sempre!
ResponderEliminarConcordo Isabel, com o tempo, transforma sentimentos, mascára, reveste-os.
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