quarta-feira, 19 de maio de 2010

Y después no comprendo




















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De sólo imaginarme que tu boca
pueda juntarse con la mía, siento
que una angustia secreta me sofoca,
y en ansias de ternura me atormento...



El alma se me vuelve toda oído;
el cuerpo se me torna todo llama
y se me agita de amores encendido,
mientras todo mi espíritu te llama.



Y después no comprendo, en la locura,
de este sueño de amor a que me entrego;
si es que corre en mis venas sangre pura,
o si en vez de la sangre corre fuego...










Alicia Larde de Venturino










8 comentários:

  1. "Por uma vez conta como o corpo se ajusta à superfície
    das tuas palavras. Fala de um depois anterior, desse sono
    demente na fissura da luz; do violento voo ou da ferida
    cíclica, a ausência excedendo-se na pele quando a desoras
    perfumas minhas mãos. Estende-se o calor aos lábios,
    o Verão simula a duração no verso, circula a água, vigorosa,
    no fundo do poço até desaparecer na cama muda.
    Nada é o que parece, lembra-se o que se esquece e eu digo
    os dedos descalços dissolvem em tua boca o mel à flor dos
    destroços. Olha-me: deita o olhar em meu vestido, tira-o
    num gesto ébrio e precipitado como a um prisioneiro,
    os peixes sobem lestos no lago imoderado e a noite volta,
    lenta, adormecida. Dou-te o que não tenho – a história
    de um rio exultante a explodir na boca em versão romântica,
    poema sem trágicos sulcos ou fala completa. E tu, tu dás-me
    o que sou: metáfora doendo-se alto onde acaba o texto."

    Ana Marques Gastão

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  2. João!!!! és casamenteiro, tu????
    Juizinho totóooooo!!!!!!!!!!!

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  3. Vasco(teu), enfeito os teus poemas no sossego da casa em que tudo repousa. obrigada

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  4. É minha capacidade de ternura... por ti :)
    Ainda não te tinha falado de Vinicius, pois não?

    Vasco (teu)

    "Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
    Essa intimidade perfeita com o silêncio
    Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
    - Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

    Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
    Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
    De ferir tocando, essa forte mão de homem
    Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

    Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
    Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
    Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
    Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

    Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
    Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
    Do tempo, essa lenta decomposição poética
    Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

    Resta esse coração queimando como um círio
    Numa catedral em ruínas, essa tristeza
    Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
    Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

    Resta essa vontade de chorar diante da beleza
    Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
    Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
    Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

    Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
    De pequenos absurdos, essa capacidade
    De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
    E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

    Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
    De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
    E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
    Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

    Resta essa faculdade incoercível de sonhar
    De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
    De aceitá-la tal como é, e essa visão
    Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

    E desnecessária presciência, e essa memória anterior
    De mundos inexistentes, e esse heroísmo
    Estático, e essa pequenina luz indecifrável
    A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

    Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
    De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
    Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
    De não querer ser príncipe senão do seu reino.

    Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
    Pelo momento a vir, quando, apressada
    Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
    Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

    Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
    Esse eterno levantar-se depois de cada queda
    Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
    Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
    Infantil de ter pequenas coragens."

    Vinicius de Moraes

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  5. não, não me tinhas falado de vinicius, ainda.

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  6. Paula
    casamenteiro!?
    tóto!?
    :)))
    casamenteiro não...! nunca casei..
    tóto..! sim talvez..
    tava a brincar Paula e ainda bem porque a escolha das fotos são fantasticas; ai que inveja eu não fazer coisas assim..
    :)))

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  7. eu sei que estavas a brincar:)

    eu também, e já agora, não cases, vai casando...

    bom dia de praia para ti (hehehe)

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