«Dança o cão, dança o gato, dança o feijão carrapato»,
Diziam-me isto, em criança, e eu adorava. Voltou-me hoje à ideia, passado tanto
tempo. Tanto tempo, uma ova: era menino, limitei-me a piscar os olhos e fiquei
como agora. Entende-se a maldade? Eu não entendo. Piscar os olhos é um
instantinho, que raio de merda aconteceu? Mascararam-me com rugas, cabelos
brancos, vontade de ir mais cedo para casa. Brincadeira de mau gosto, a idade. (...)»
ana luísa amaral / da solidão da luz
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A casa em ruínas que vejo daqui
salta da janela, entra nesta sala,
mas não tem janelas que a façam brilhar,
as molduras rotas carregadas de ar,
as portas ...
Há 1 hora
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