ÚLTIMO BLUES, PARA SER LIDO UM DIA
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*Foi só um namorico*
*decerto o sabias –*
*alguém ficou ferido*
*há muitos dias.*
*Nada muda*
*tempo já não há –*
*um dia é tua a vinda*
*um dia ...
As cidades
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Uma das mais importantes fontes de rendimento de Portugal é o turismo: no
Centro da cidade e nas zonas de monumentos e museus, a maioria do comércio
trad...
(a) musa...
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*Que a mão do tempo e o hálito dos homens *
*Murchem a flor das ilusões da vida, *
*Musa consoladora, *
*É no teu seio amigo e sossegado *
*Que o poeta respi...
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Ainda seguimos os fogos
cultivados de noite por homens
que lêem para se salvar
temos lido uns para os outros na busca
das coisas mais ofensivas, que possam
...
daniel faria / explicação do alpendre
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Porque em seu peito nunca tive aberta
A veia exacta para lhe ser sangue
*daniel faria*
*poesia*
*últimas explicações*quasi
2003
As palavras começam a ficar velhas
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As palavras começam a ficar velhas: têm dores nas articulações e rangem, de
vez em quando, sem razão; reclamam óleos e resinas, tempo e açucares mais
lento...
Sonhos e dor
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Sussurro do meu desejo em sonho real
Quando as minhas mãos te acariciam
Perfume que inebria um sentido fatal
Que os meus sentimentos, deliciam
.
Não me ...
Roberto Malatesta (A força do não fazer)
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LA FUERZA DEL NO HACER
No hacer nada requiere fortaleza,
los débiles sucumben sin trabajo,
lo inventan si escasea, no pueden con el ocio.
Por el con...
O SEGUNDO CASAMENTO
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O segundo casamento não é um recomeço qualquer. Ele chega silencioso,
depois da tempestade. Não tem a inocência do primeiro. Ao invés, tem a
coragem de q...
Mobilizem-se! Organizem-se! Lutem!
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Imaginem que isto se passava com o PCP. Ou BE. Ou L. Ou com o PS. Ou até
mesmo com o PSD. Seria a cobertura mediática idêntica? Haveria o mesmo
crit...
Abril (in)conveniente
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O governo, que se diz patriótico e defensor das liberdades, encontrou no
luto uma oportunidade rara: suspender abril sem parecer que o faz por
gosto. A mor...
olha
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*o dia já está a clarear... olha...*
e o rapaz olha
*deixar-te-ei todos estes amanhaceres*
pensa a mulher enquanto diz
*repara nas cores do céu......
Gato Azul, de Hagiwara Sakutaro
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Poema de Hagiwara Sakutaro (1846-1942), poeta japonês, da sua colectânea
com o mesmo nome Aoneko (Gato Azul) de 1923. GATO AZUL É bom amar esta bela
cidade...
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Este ano o verão atravessou Lisboa. O verão foi invisível. Atravessou a
cidade e os outros levou do meu corpo memórias do teu nome. joão miguel
fernandes j...
PELE DE PAREDE
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Os azulejos de Gilberto Renda são pele de parede,
Os painéis de madeira, nas salas da preciosa Vila Idalina,
Os antigos papeis de parede da Casa Vermelha,
Os...
Tragédia no Mar
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"Tragédia no Mar" é a denominação do feliz grupo escultórico de José João
Brito, visto aqui na tarde de hoje. Inspirado numa tela de Augusto Gomes, o
monum...
No meio do ruído das coisas.
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Duas despedidas tristes: a de Paulo Tunhas (1960), filósofo, cronista,
poeta, professor; e a de Luís Carmelo (1954), romancista, professor, poeta,
ensaís...
CARLOS POÇAS FALCÃO
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[TODOS OS DIAS VIAJO PARA A CULPA]
Todos os dias viajo para a culpa.
É lá onde trabalho, movendo e removendo
juízos e vergonhas, vergando-me nas margens
do...
ninguém conhece o infinito
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A culpa é tua se dizes sempre
o mesmo nome
se tens sempre a mesma idade
e a mesma casa, se quando
revelas a tua identidade
é impossível que o céu te explud...
FATIADA
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Era o céu inteirinho que chovia, como se fosse castigo, alagando tudo em
redor.
Como se o mundo se aglomerasse para chorar, acotovelando-se na visão
catas...
POEMAS DE MARGARET RANDALL
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Foto de Robert Giard, 1998.
*Sospecha y parábolas vacías*
Viajamos a alguna parte
pero no tenemos mapa.
Las líneas de mi palma relucen
como corriente el...
Que seja eterno
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Mas de nenhum destes modos te sei amar, tão fraco ou inábil é o meu
coração, de modo que, por o meu amor não ser perfeito, tenho de me
contentar que seja e...
Uma Alma Inquieta
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Eu sabia há três anos que Ela me viria bater à porta a qualquer momento,
mas não sabia como seria informado da sua chegada.
Desde Maio que peço, quase dia...
sem que ele note
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tão longe vai o tempo em que ele morria em mim. acontecia aos poucos, a
imagem dele a querer fugir do meu peito, ele a ausentar-se lentamente dos
meus ...
Tempo
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Eu não amava que botassem data na minha existência. A gente usava mais era
encher o tempo. Nossa data maior era o quando. O quando mandava em nós. A
gente ...
É isto o Amor
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Em quem pensar, agora, senão em ti? Tu, que
me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste a
manhã da minha noite. É verdade que te podia
dizer: «Como é ma...
Pó dos Livros
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Setembro de 2007, abrimos as portas, e já nessa altura planava sobre nós o
abutre. Nunca passava para cá da linha da porta. No entanto, rondava de
perto...
Burrinho
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Fui à procura de um caderno para escrever. Volto a ter vontade de
escrever. Não quero, não sou capaz, de escrever frases, textos, quero
apenas apontar as ...
o escritor enquanto cão-guia
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Grassa, em lusas terras, já há algum tempo, o paradigma do escritor como
«cão-guia». O leitor ou leitora, pitosga ou mesmo ceguinho deverá ser
levado pela ...
tomorrow never comes (III)
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Tentava escrever
o esboço - vestígio do corpo,
a macia semente do vento
a traço de giz
da cor do barro, da cor da nuvem carvão;
acontecia o espinho, o p...
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Um corpo sem véu, despojado do barulho do mundo. Apenas o grão da pele para
o vestir. Um corpo nu, imóvel e cheio de estorias caóticas e cicatrizes.
Um co...
Saídas a dois
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Estava tudo combinado para aquele final de tarde: saía do trabalho direta à
escola, entravamos juntos no carro, sorridentes e enamorados, e seguíamos
para...
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demasiado depressa o silêncio
de braços inertes
não consigo alcançar-te
ou olhar-te sequer
nem colher a tempo tudo o que devia
(tudo o que julgo que de...
Carta a Paris 16 de Março de 2015
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16 de Março 2015
10:07
Está frio. O céu, imenso e de um cinza quase branco, leva-me os sentidos e
a minha vontade. Ainda assim decidi ir a Paris, onde te...
1930-2015
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não chamem logo as funerárias,
cortem-me as veias dos pulsos pra que me saibam bem morto,
medo? só que o sangue vibre ainda na garganta
e qualquer mão e ...
SANTO ANTONINHO DOS ESQUECIDOS
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* para o José Carlos Soares*
O esquecimento tem portões
fechados e velas a acordar
o crepúsculo enquanto o vento
sop...
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Vestiu-se de nevoeiro e foi dançar
pés de musgo
mão na anca e outra estendida no ar
gotas de chuva mansa no olhar
um peso leve
acariciando a terra húmida
em...
Espaço : se alguém disser que morri...
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Robert & Shana Parkeharrison
*se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,*
*escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.*
*nã...
que coisa mais destroçante essa...LINDO..bj ,,boa noite
ResponderEliminarbom dia, Quim! :)
ResponderEliminarnão sabe como isso é verdade.
ResponderEliminarhttp://youtu.be/cGtjr-U5bT4
A crida podia por ao menos os links de onde vai copiar os poemas
ResponderEliminara querida normalmente põe. o que acontece é que muitas vezes guardo-os numa pasta sem apontar o sítio, outras vezes, são de livros que tenho em casa.
ResponderEliminarsei, josé luís, até sei.
ResponderEliminara música a completar. obrigada :)
Cumpre a este admirador entregar-lhe mais um video
ResponderEliminarO do dia de anos já vai longe...
http://www.youtube.com/embed/XMkaBN3x5AM
Lindo, o vídeo, obrigada Anónimo, vou usá-lo!
ResponderEliminarobrigada mais uma vez, chegou na hora certa!