Obcecado pela linguagem escrita, monólogo gráfico esperançado apenas na réplica mental de hipotéticos leitores, quase que me esquecera de reparar no milagre da oralidade, da comunicação directa, franca, livre, sem ambições quiméricas de antologia e perenidade. A palavra temperada pelo sal da boca, arredondada pela graça labial, ágil ou morosa consoante a urgência da oração, e sempre ajudada pela presença e atenção dos ouvintes. A repetição permitida, e até desejada em certos momentos, o gesto a sublinhar e a fortalecer a intenção, os próprios silêncios a colaborar na significação e clareza do discurso.
Podia chamar lhe liberdade
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Nao, isto não é um exercício de escrita. É uma negociação com aquilo que
tolhe a vida de uma pessoa.
Um medo por dia. Propôs-se escrever um medo por d...
Há 1 hora
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