Dormi contigo a noite inteira
junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras
entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde nossos sonos
se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos
que um mesmo vento move,
embaixo como raízes vermelhas
que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu
e pelo mar escuro
me procurava como antes,
quando nem existias,
quando sem te enxergar
naveguei a teu lado e teus olhos
buscavam o que agora
- pão, vinho, amor e cólera - te dou,
cheias as mãos, porque tu és a taça
que só esperava os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira
com vivos e com mortos,
de repente desperto e no meio da sombra
meu braço rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho
puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei,
e tua boca saída de teu sono
me deu o sabor da terra,de água-marinha,
de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar
que nos rodeia.
Pablo Neruda
"Não é sobre a solidão. É sobre a tua ausência no lugar íngreme da minha pele." (Valter Hugo Mãe)
ResponderEliminar"A uma luz perigosa como água
De sonho e assalto
Subindo ao teu corpo real
Recordo-te
E és a mesma
Ternura quase impossível
De suportar
Por isso fecho os olhos
(O amor faz-me recuperar incessantemente o poder da
provocação. É assim que te faço arder triunfalmente
onde e quando quero. Basta-me fechar os olhos)
Por isso fecho os olhos
E convido a noite para a minha cama
Convido-a a tornar-se tocante
Familiar concreta
Como um corpo decifrado de mulher
E sob a forma desejada
A noite deita-se comigo
E é a tua ausência
Nua nos meus braços"
Alexandre O'Neill
'Te extraño
ResponderEliminarComo se extrañan
las noches sin estrellas
Como se extrañan las mañanas bellas
No estar contigo, por dios
que me hace daño
Te extraño
Cuando camino, cuando lloro, cuando rio
Cuando el sol brilla,
cuando hace mucho frío
Porque te siento como
algo muy mio
Te extraño
Como los árboles extrañan el otoño
En esas noches
que no concilio el sueño
No te imaginas amor,
como te extraño
Te extraño
En cada paso que siento solitario
Cada momento que
estoy viviendo a diario
Estoy muriendo amor
porque te extraño
Te extraño
Cuando la aurora
comienza a dar colores
Con tus virtudes, con todos uts errores
Por lo que quieras
no sé,
pero te extraño
Te extraño
Como los árboles extrañan el otoño
En esas noches
que no concilio el sueño
No te imaginas amor,
como te extraño
Te extraño
En cada paso que siento solitario
Cada momento que
estoy viviendo a diario
Estoy muriendo amor
porque te extraño
Te extraño
Cuando la aurora
comienza a dar colores
Con tus virtudes, con todos uts errores
Por lo que quieras
no sé,
pero te extraño
Te extraño...'
Armando Manzanero Canche
Ouvi h´´a uns anos a Concha Buika num concerto dedicado a Manzanero em que cantou extraordinariamente essa canção. Como não a encontrei mando uma versão deste senhor
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=Crme05HUEK8
e um beijo... em ti
obrigada vasco victor.
ResponderEliminarmas gosto mais lido do que ouvido...
bom trabalho para ti, à luz do dia
E de folga logo quando sair hoje :)
ResponderEliminarE gosto de trabalhar a luz do dia, não gosto é de acordar às cinco da manhã :)
imagino a tua vida como uma imagem fractal, igual e no entanto aparentemente diferente , reproduzindo-se até ao infinito.
ResponderEliminartalvez seja por isso que confundo vasco com victor, ou não
boa folga, folgaria com gosto também