Escrevi o teu nome em todos os lugares,
procurei-te sem fim nos dias mais incertos,
tive sede de ti na solidão dos bares
e fome do teu corpo em todos os desertos.
Fui soldado e lutei em busca do teu rosto,
que vi impresso a fogo em todas as esquinas.
Deixei que me queimasse a dor do sol de Agosto
e mergulhei sem medo em plagas submarinas.
Para te ter venci as longas avenidas
de todas as cidades que ninguém ousou.
E por ti viverei largos anos de vida
na ânsia de te dar tudo o que tenho e sou.
Torquato da Luz
Encontraste-me... aqui :)
ResponderEliminarVasco (teu)
"Pertenço-te no silêncio dos meus lábios
Que dão guarida aos meus segredos.
Pertenço-te na primeira luz da manhã,
Enquanto o sono abraça teus olhos,
Posseiro dos teus caminhos e vontades.
Pertenço-te, sem saber porque, nem como,
Sem explicações e mesmo anonimamente.
Pertenço-te no desejo atrevido e úmido
Que te instiga a imaginação e te dilui a razão.
Pertenço-te quanto mais me negas,
E sei-me tua nos beijos que não me deste,
Nos arrepios que eriçam meu nome em tua nuca,
Nos sussurros que em tua boca acorrentas.
Pertenço-te na indecisão das tuas mãos,
E nas tuas tantas deliberadas recusas,
Nas trilhas que ocultas tuas confissões.
Pertenço-te na distância que me impões
Quando transbordam carícias do teu corpo
E indefeso, clamas para que meu tato adormeça.
Pertenço-te nas entregas que adias,
Nos carinhos que tão bem atas,
E que vais somando aos teus desamparos.
Pertenço-te, quando teu corpo debruça-se
Buscando em meu êxtase, os teus ais.
Pertenço-te no espalmar de tuas ânsias
Quando em teus lençóis, procuras-me
Resgatando-me nos vestígios dos teus sonhos.
Pertenço-te no entrelaçar dos teus dedos tensos,
Quando ainda não presumes minha chegada,
E hesitas em fazer-me teu destino, porto e acalanto.
Pertenço-te, quando te ausentas de ti,
E apenas a saudade de mim te alcança.
Pertenço-te sem horas, sem entender onde
Porque sempre fui tua, antes mesmo de te amar..."
Fernanda Guimarães