sexta-feira, 28 de maio de 2010

são poucas as palavras que nos doem de verdade
























No fim de contas são poucas as palavras
que nos doem de verdade, e muito poucas
as que conseguem alegrar a alma.
E são também muito poucas as pessoas
que nos fazem bater o coração, e menos
ainda com o correr do tempo.
No fim de contas, são pouquíssimas as coisas
que na verdade importam nesta vida:
poder amar alguém e ser amado,
não morrer depois dos nossoa filhos.







 

Amalia Bautista











5 comentários:

  1. "Neste país
    onde se morre de coração inacabado
    deixarei apenas três ou quatro sílabas
    de cal viva junto à água.

    É só o que me resta
    e o bosque inocente do teu peito
    meu tresloucado e doce e frágil
    pássaro das areias apagadas.

    Que estranho ofício o meu
    procurar rente ao chão
    uma folha entre a poeira e o sono
    húmida ainda do primeiro sol."

    Eugénio de Andrade

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  2. 'é no silêncio
    que melhor ludibrio a morte
    não
    já não me prendo a nada
    mantenho-me suspenso neste fim de século
    reaprendo os dias para a eternidade
    porque onde termina o corpo deve começar
    outra coisa outro corpo
    ouço o rumor do vento
    vai
    alma vai
    até onde quiseres ir'

    al berto

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  3. ou não perdê-los antes de nós mesmos...

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  4. sim Epee, 'ou não perdê-los antes de nós mesmos...', com toda a certeza.

    fique bem nesta sexta quase sabado para mim, vou dormir deixando um abraço

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