segunda-feira, 17 de maio de 2010

y escribirnos y hablarnos











No es que muera de amor, muero de ti.
Muero de ti, amor, de amor de ti,
de urgencia mía de mi piel de ti,
de mi alma de ti y de mi boca
y del insoportable que yo soy sin ti.



Muero de ti y de mí, muero de ambos,
de nosotros, de ese,
desgarrado, partido,
me muero, te muero, lo morimos.



Morimos en mi cuarto en que estoy solo,
en mi cama en que faltas,
en la calle donde mi brazo va vacío,
en el cine y los parques, los tranvías,
los lugares donde mi hombro acostumbra tu cabeza
y mi mano tu mano
y todo yo te sé como yo mismo.



Morimos en el sitio que le he prestado al aire
para que estés fuera de mí,
y en el lugar en que el aire se acaba
cuando te echo mi piel encima
y nos conocemos en nosotros, separados del mundo,
dichosa, penetrada, y cierto, interminable.



Morimos, lo sabemos, lo ignoran, nos morimos
entre los dos, ahora, separados,
del uno al otro, diariamente,
cayéndonos en múltiples estatuas,
en gestos que no vemos,
en nuestras manos que nos necesitan.



Nos morimos, amor, muero en tu vientre
que no muerdo ni beso,
en tus muslos dulcísimos y vivos,
en tu carne sin fin, muero de máscaras,
de triángulos obscuros e incesantes.
Me muero de mi cuerpo y de tu cuerpo,
de nuestra muerte, amor, muero, morimos.
En el pozo de amor a todas horas,
Inconsolable, a gritos,
dentro de mí, quiero decir, te llamo,
te llaman los que nacen, los que vienen
de atrás, de ti, los que a ti llegan.
Nos morimos, amor, y nada hacemos
sino morirnos más, hora tras hora,
y escribirnos y hablarnos y morirnos.








de Jaime Sabines 











10 comentários:

  1. "Te quiero a las diez de la mañana, y a las once, y a las doce
    del día. Te quiero con toda mi alma y con todo mi cuerpo, a veces, en
    las tardes de lluvia. Pero a las dos de la tarde, o a las tres, cuando
    me pongo a pensar en nosotros dos, y tú piensas en la comida o en
    el trabajo diario, o en las diversiones que no tienes, me pongo a
    odiarte sordamente, con la mitad del odio que guardo para mí.

    Luego vuelvo a quererte, cuando nos acostamos y siento que estás
    hecha para mi, que de algún modo me lo dicen tu rodilla y tu vientre,
    que mis manos me convencen de ello, y que no hay otro lugar en
    donde yo me venga, a donde yo vaya, mejor que tu cuerpo. Tú
    vienes toda entera a mi encuentro, y los dos desaparecemos un
    instante, nos metemos en la boca de Dios, hasta que yo te digo que
    tengo hambre o sueño.

    Todos los días te quiero y te odio irremediablemente. Y hay días
    también, hay horas, en que no te conozco, en que me eres ajena
    como la mujer de otro. Me preocupan los hombres, me preocupo yo,
    me distraen mis penas. Es probable que no piense en ti durante
    mucho tiempo. Ya ves. ¿Quién podría quererte menos que yo, amor
    mío?"

    Jaime Sabines

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  2. E já há mais de uma hora que amanheceu e apeteceu-me passar por aqui dar-te um beijo de bons dias, olhar para ti ao acordar...

    Vasco (teu)

    "Há noites que são feitas dos meus braços
    e um silêncio comum às violetas
    e há sete luas que são sete traços
    de sete noites que nunca foram feitas.

    Há noites que levamos à cintura
    como um cinto de grandes borboletas.
    E um risco a sangue na nossa carne escura
    duma espada à bainha de um cometa.

    Há noites que nos deixam para trás
    enrolados no nosso desencanto
    e cisnes brancos que só são iguais
    à mais longínqua onda de seu canto.

    Há noites que nos levam para onde
    o fantasma de nós fica mais perto:
    e é sempre a nossa voz que nos responde
    e só o nosso nome estava certo."

    Natália Correia

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  3. o dia ja começou para mim há muito.

    é bom acordar com poemas

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  4. E eu confesso para ti, aqui que ninguém nos ouve, amo acordar com beijos nas costas :)
    E já estou em casa, vou comer qualquer coisa e embarcar nos meus sonhos... os meus, que são quase sempre pequenos nadas ("troco os sonhos dos deuses por um pequeno nada..."), mas adoro pequenos nadas, pormenores, são esses pequenos nadas que transporto comigo mesmo nas mudanças :)
    Vasco (teu)

    "Eu ouso a paixão
    não a recuso

    Escuto os sentidos sem o medo por perto
    troco a ternura da rosa
    ponho a onda no deserto

    A tudo o que é impossível
    abro e rasgo o coração
    Debaixo coloco a mão
    para colher o incerto

    Desembuço o amor
    no calor da emboscada
    infrinjo regras e impeço

    Troco o sonho dos deuses
    por um pequeno nada

    Desobedeço ao preceito
    e desarrumo a paixão
    Teço e bordo o meu avesso
    e desacerto a razão"

    Maria Teresa Horta

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  7. eu acordo sozinho... o que não me impede de gostar de acrdar com beijos nas costas... é dos tais sonhos com coisas pequenas :) a Chavela Vargas (outra das mulheres da minha vida) fala disso. dessas coisas simples, daquelas que se carregam uma vida... e que valem a pena
    http://www.youtube.com/watch?v=m7rE8j4Lz18
    E nunca me acordaram com poemas, acho que gostava que me acordassem com um poema :) ... por exemlo uma coisa assim:

    "No silêncio que guardo
    quando partes

    que escondes sob os
    dedos

    que se prende

    que me deixa no corpo
    este calor
    da falta do teu corpo como sempre"

    Maria Teresa Horta

    E agora vou para os meus sonhos... que tenho a certeza que vão ser bons ;)

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  9. Em 80, ou 81, era eu adolescente (tenho 45) comprei um disco do Luis Cilia pelo qual me apaixonei, chama-se Marginal, e tinha num dos lados musicas do Cilia e no outro (naquele tempo os discos tinham dois lados, o A e o B e mediam-se pela velocidade em que andavam à volta de um eixo :) ) tinha musicas do Cilia para poemas eróticos de alguns poetas portugueses. Vinha lá além da Maria Teresa o Eugénio e o David Mourão-Ferreira. Destes três não conhecia a MTH e tive curiosidade. E tenho uma certa relação estranha com a poesia da senhora, há poemas que acho lindissimos e outros que caem no vulgar da sexualidade... mas isso é opinião minha... adoro um que se chama Joelho:

    Beijo, Vasco (teu)
    "Ponho um beijo
    demorado
    no topo do teu joelho

    Desço-te a perna
    arrastando
    a saliva pelo meio

    Onde a língua
    segue o trilho
    até onde vai o beijo

    Não há nada
    que disfarce
    de ti aquilo que vejo

    Em torno um mar
    tão revolto
    no cume o cimo do tempo

    E os lençóis desalinhados
    como se fosse
    de vento

    Volto então ao teu
    joelho
    entreabrindo-te as pernas

    Deixando a boca
    faminta
    seguir o desejo nelas."

    Maria Teresa Horta

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  10. comentei este comentário lá para cima, fora do contexto...
    deixa lá
    nada grave

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