De novo o mar que espero
sentada à janela que dá para as rosas.
Que dá para todas as ruas que passei
com os teus passos. Para a estrada
onde virámos a cabeça para não ver
o homem esvaído no chão.
Depois comemos na casa de um amigo,
bebemos e falámos como se a vida fosse eterna.
À volta a estrada estava limpa, sem sinais
de sangue. As luzes sobre o mar nas duas margens
e a tua mão na minha perna. Lá no céu
um homem esventrado procura as suas asas.
Nada sei de anjos. Eu que espero o mar todos os dias
acredito na rotação da terra e na lei da gravidade.
Mas quando chegas o corpo não tem peso
e as palavras voam em redor de nós
alagadas em suor. E vem o mar.
Rosa Alice Branco
Estamos num momento de passageira alegria, se gostamos de futebol. O pior é que vem aí as férias e muita gente não tem subsídio de férias, é um castigo extra nesta crise imposta pela Ângela Merkel e pelos seus súbditos.
ResponderEliminarEste blog é interessante e criativo.
Também tem interesse www.anticolonial21.blogspot.com