aqui o mar é sono perpétuo,
câmara para o mais terrível segredo.
entro nele de mãos trémulas, certo
das minhas cedências. Recordo o sabor
salino de outras perdas, casas tombadas
das quais sou solitária ruína.
eu, que tenho dado à insónia,
embebo-me agora nas águas de outro dialecto
- as palavras falham, e essa é a comunicação.
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