sexta-feira, 16 de agosto de 2013

como se o tempo das palavras fosse o dos regressos


















Escreve-me muitas vezes
como os percursos ininterruptos das formigas
o ritmo dos girassóis devolvidos à condição de flor
e o reflexo das nuvens no lado interior dos rios
guardados nas minhas mãos

Escreve-me tantas vezes
quantos os nocturnos quase-vazios entre as estrelas
os quebrantos de mar aos pés prateados da lua
e as intuições anunciadas na respiração dos dedos dos
amantes

Nunca deixes de me escrever
como se o tempo das palavras fosse o dos regressos
confirmado na existência e docilidade das pedras

Nunca deixes de me sentir





Sandra Costa













1 comentário:

  1. Vi consiglio di leggere la mia lezione di scrittura creativa "COMO ESCREVER POESIA ERÓTICA".
    Saluti,
    Architteto Dolce Filiberto di Savoya, PhD

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