«(...)A angústia não é senão isso, o pavoroso medo do que inteiramente ignoramos, o medo no núcleo do medo. Aqui nenhuma ciência, por mais exacta, ajuda. É risível esperar o que quer que seja do que tenha peso e medida e seja sujeito à universal gravidade. Torna-se difícil resistir a uma qualquer superstição, a uma qualquer mentira, um desculpável conforto. Quase esquecemos que ignoramos de onde viemos, obcecados em saber para onde seguimos inexoravelmente, a morte com as suas garras de fora. Mesmo o crucificado se sentiu desamparado, quanto mais nós que cometemos tantos ridículos crimes, inúteis pecados contra outros e nós próprios, tanta vaidade. Sentados à volta de uma mesa quadrada, uma garrafa bebida até meio e um cinzeiro sujo, as frases caem no chão desfazendo o sentido. (...)»
in o mundo é tudo o que acontece
o medo que insiste em permanecer. não é possível resistir-lhe, é deixa-lo viver dentro de nós, conviver com ele; ama-lo até que um dia nos abandone no conforto do amor.
ResponderEliminarmedo que é de morrer, desaparecer, sofrer sem propósito.enquanto não aceitarmos que um dia vamos morrer esse medo vai estar connosco para nos oprimir. o amor derrota o medo.
já me aconteceu amar um dia e deixar de ter medo.tanta coisa a fazer e menos tempo à nossa frente, com a idade isso acentua-se. as crianças têm medo de fantasmas e do escuro; nós adultos temos medo de ter medo.
Aprender a viver com o medo de ter medo é aceitação dos nossos limites, sem comparações, parece-me...
ResponderEliminar(é claro, e um ansiolítico sempre no bolso, não para tomar mas «just in case»...)
:)))