escrevo-te a sentir tudo isto
e num instante de maior lucidez poderia ser o rio
as cabras escondendo o delicado tilintar dos guizos nos sais de prata da fotografia
poderia erguer-me como o castanheiro dos contos sussurrados junto ao fogo
e deambular trémulo com as aves
ou acompanhar a sulfúrica borboleta revelando-se na saliva dos lábios
poderia imitar aquele pastor
ou confundir-me com o sonho de cidade que a pouco e pouco morde a sua imobilidade
habito neste país de água por engano
são-me necessárias imagens radiografias de ossos
rostos desfocados
mãos sobre corpos impressos no papel e nos espelhos
repara
nada mais possuo
a não ser este recado que hoje segue manchado de finos bagos de romã
repara
como o coração de papel amareleceu no esquecimento de te amar
Al Berto
obrigada, é como flores
Também adoro flores... e recebe-las como presente
ResponderEliminar"Como as rosas selvagens, que nascem
em qualquer canto, o amor também pode nascer
de onde menos esperamos. O seu campo
é infinito: alma e corpo. E, para além deles,
o mundo das sensações, onde se entra sem
bater à porta, como se esta porta estivesse sempre
aberta para quem quiser entrar.
Tu, que me ensinas o que é o
amor, colheste essas rosas selvagens: a sua
púrpura brilha no teu rosto. O seu perfume
corre-te pelo peito, derrama-se no estuário
do ventre, sobe até aos cabelos que se soltam
por entre a brisa dos murmúrios. Roubo aos teus
lábios as suas pétalas.
E se essas rosas não murcham, com
o tempo, é porque o amor as alimenta."
Nuno Judice
Paula,
ResponderEliminarnão consegui seguir o link. Por curiosidade, acho, fui até "Vasco" e também não consegui... o blog... depreendo que não estamos sozinhas, se me entende.
|@
nem peço mais pra levar a imagem até meu jardim!
mas desta vez, desejo uma sextinha super de boa pra si, sem errar no dia da semana.
Fica bem, um beijo.
Epee, esse blog acabou, o utilizador resolveu apagar. não tem mal, acontece.
ResponderEliminarleve as flores todas que quiser.
boa sextinha para aí, se voltar aqui.
beijo