quarta-feira, 9 de junho de 2010

e aquele poema que me escreveste


























não te esqueças de me visitar. traz-me as fotografias de Veneza e aquele poema que me escreveste quando o nosso amor ainda era o que de mais magnífico acontecera nas nossas vidas e no mundo.

havemos de nos sentar nas mesmas cadeiras como se fossem as mesmas manhãs de sábado. havemos de olhar os mesmos telhados, divagar sobre a eternidade dos gestos e jurar comovidamente que as nossas almas se tocaram de uma maneira única e inesquecível.

eu hei-de esconder-te a minha interminável solidão e tu hás-de demonstrar-me, muito inocentemente, nas tuas palavras tão cheias de vida e de juventude, como a morte nos descobre mesmo nos lugares mais altos.








 
gil t. sousa
falso lugar
2004














2 comentários:

  1. gostei deste espaço.

    não são só as palavras, que me comoveram, é o nome do próprio espaço e as imagens que o acompanham.

    continuação de bom trabalho!

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  2. obrigada, isto não é trabalho, é onde durante o dia recupero o fôlego, quando preciso.

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