sexta-feira, 20 de maio de 2011

vem

















assim, hoje ao acordar fiquei aterrado ao ver que de noite me rolara para o meio da cama. deitei-me como sempre do meu lado, para deixar livre o teu no caso de resolveres voltar e te deitares nele. mas o sono levou-me para o sítio que é o bom e fica à minha esquerda. porque é que eu me passei para o meio da cama? e só acho uma como resposta o teres morrido para sempre. e fiquei horrorizado da minha libertação. não vás ainda. volta de novo. vou deitar-me outra vez no meu lugar e deixar o teu à espera. vem de noite sem eu dar conta e acordar contigo ainda no teu sono e tocar-te e seres tu.









Vergílio Ferreira

















6 comentários:

  1. tanto que não conhecemos, eu também não, tropecei por aí, nele.

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  2. tudo o que aqui está é para ser "roubado"/partilhado, Olga.
    Ainda bem que gosta, espalhemos por aí :)

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  3. Lindo! Um dos "meus" escritores. Simplesmente intenso e profundo. Diz tanto de nós, sentimos em nós. Obrigada pela partilha.

    Beijinho

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  4. é verdade PnS, todos já o sentimos alguma vez, com certeza.
    eu é que agradeço :) bj

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