segunda-feira, 13 de junho de 2011

esquece-me













































esquece-me. 

quero andar
ao sabor do meu instinto cultivado na desgraça.


o amor,
- deixa um travo, mas passa.
não tenhas pena.

do alto do meu aprumo
desafio a tua verve:

- para morrer,
qualquer lugar, 
qualquer corpo,
e qualquer boca me serve.





António Botto















10 comentários:

  1. Lindo! Belíssima escolha :)
    Adorei a fotografia e fiquei sem palavras com o poema.


    Paula

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  2. é verdade Paula, embora triste, qualquer coisa no poema juntamente com a imagem, atrai.
    obrigada

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  3. Às vezes é só o que precisamos, que nos esqueçam...
    A foto é belissima!

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  4. é verdade Sus! e que nos deixem seguir...

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  5. impossível esquecer - aquelas palavras e aqueles olhos.

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  6. ...
    O que há em mim é sobretudo cansaço
    Não disto nem daquilo,
    Nem sequer de tudo ou de nada:
    Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
    Cansaço.
    ...
    de fp por mim para si jl

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  7. Gosto muito de Boto, tão pouco lembrado, mas tão certeiro nas palavras, nos sentimentos que faz despoletar.
    Belíssimo este "Esquece-me", há momentos em que é tão somente isso que queremos... seria tão mais simples conseguir ser esquecida e esquecer... para seguir...

    Bjnhs

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  8. PnS, fosse assim tudo simples, não existia poesia :)
    bjs

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