quinta-feira, 25 de março de 2010

Hoje acabou-se-me a palavra










 













 





Hoje acabou-se-me a palavra,
e nenhuma lágrima vem.
Ai, se a vida se me acabara
também!

A profusão do mundo, imensa,
tem tudo, tudo _ e nada tem.
Onde repousar a cabeça?
No além?

Fala-se com os homens, com os santos
consigo, com Deus... E ninguém
entende o que se está contando
e a quem...

Mas terra e sol, luas e estrelas
giram de tal maneira bem
que a alma desanima de queixas.
Amém.








cecilia meireles









4 comentários:

  1. queria poder dizer algo... alguma coisa que fizesse sentido, ou que aliviasse, ou que a ajudasse suportar o peso... qualquer peso que fosse... mas as frases são curtas... e as reticências, muitas... as palavras ficam contidas e restritas... dizer então... 'no mesmo do mesmo', cuida-TE.




    \@
    Fique bem, sim?

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  2. vou-me cuidadando epee, cuide-Se também daí desse lado.

    ficaremos bem, sim?

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  3. e tudo 'no mesmo do mesmo'...




    !@
    Obrigada pela 'foto-grafia', coloquei-a no jardim, junto às outras.

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  4. foto-grafia mesmo. incrivel as parecenças com as da sua foto. tenho pena de não ter uma imagem igual à que me ficou na memória de arcos de valdevez, talvez um dia volte.

    um abraço para si, cansado, suado, nesta sexta a acabar de chegar a casa

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