É qualquer coisa como um gosto
a sal e água sem chuva, um
lugar preciso em que se move
dentro
o papel de vida que se joga quando
as coisas teimam em fazer
algum sentido.
É qualquer coisa como o embaraço de
solstícios, inverno avesso a muitas cores e
próprio a ares que gostam de dizer
alguma coisa muito
muda
muito
ao contrário de dizer sem
dizer nada.
É qualquer coisa assim como algum
branco, como um gesto que se vai da
boca à escrita sem que nada seja
necessariamente
dito, nada necessariamente em pauta. É como
qualquer coisa de difícil faina, como se eu
pudesse
aqui
neste lugar sem chuva ou sal ou invernos,
neste lugar de fora e alguns muitos
sítios, arrancar da folha já sem fonte e sem origem
uma alfazema um relicário
ou
qualquer coisa como um gosto a ti
Luis Maffei
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