domingo, 14 de agosto de 2011

Tu já não vens



















São horas de voltar. Tu já não vens, e a espera
gastou a luz de mais um dia. Agora, quem passar
trará um corpo incerto dentro do nevoeiro,
mas terá outro nome e outro perfume. Eu volto

à casa onde contigo se demorou o verão e arrumo
os livros, escondo as cartas, viro os retratos
para a mesa. Sei que o tempo se magoou de nós,
sei que não voltas, e ouço dizer que as aves
partem sempre assim, subitamente. Outras virão





Maria do Rosário Pedreira











4 comentários:

  1. ... mas, do nevoeiro não vem sempre alguém?

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  2. o Sebastião, josé luís... onde está o Sebastião???

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  3. o sebastião? então esse não vem numa manhã de nevoeiro? é só esperar por uma manhã assim e um pontinho em cima de uma vírgula e o lado direito de um parênteses.

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