sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

assim

















Hoje chamei o teu nome,
o teu dia cansado,
a tua ausência,
longo é o verbo da espera.


O dia também me fugiu,
foi um corrupio de ida em volta
ainda que breves tenham sido
as minhas conjugações.


Chegou ao fim o dia,
encontro‐me finalmente
de frente para este rosto
que também trago cansado.


São estes dias de suor
e esquecimento
que nos fazem esquecer
dos nomes, dos verbos,


de toda uma semântica
que nos aproxima – para além
de todo o esquecimento
que nos representa – assim.





Miguel Pires Cabral






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