Comovem-me ainda os dias que se levantam
no deserto das nossas vidas.
Dos belos palácios da saudade
não resta a impressão dos dedos nas colunas
fendidas, e nada cresce nos pátios.
Muito além, depois das casas, o último
marinheiro continua sentado.
Os seus cabelos são brancos, pouco a pouco.
Aqui, tudo se resume a algumas tâmaras que
secaram ao sol,
longe do orvalho,
das fontes que pareciam nascer de um olhar
turvo sobre a sede da terra.
Comovem-me ainda as palavras que dizias
aos meus ouvidos aprisionados pela música.
Comovem-me as cadeiras vazias, no pátio.
Lembro-me sempre de ti.
José Agostinho Baptista
Eu diria que tudo se resume à "saudade" (gaja lixada!)
ResponderEliminar(na foto parece ser o Picasso, mas posso estar enganada)
Beijinhos
Ai saudade...
ResponderEliminarAi?...dói em todo o lado...
EliminarSim sim, vizinha...é ele... ;)
ResponderEliminarAna, o poema é do José Agostinho Baptista
ResponderEliminarobrigada, Ana P :)
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