sábado, 14 de maio de 2011

Não sei para que lado da noite me hei-de virar






































Não sei para que lado da noite me hei-de virar

onde esconder de ti o rio de fogo das lágrimas
quase a transbordar e acendo mais um cigarro
e falo atabalhoadamente de um futuro qualquer
e suspiro de alívio porque não ouves o que digo
ou se calhar também não sabes onde te esconderes
esperamos que se ilumine o lado certo da noite
é quando se esgotam as palavras e os silêncios
e a minha mão procura a tua que a recebe
e a noite se unifica e todos os rios secam
menos um por onde navegamos
para abolir a noite.












Carlos Alberto Machado












imagem








[...só não fumo...]




































2 comentários:

  1. [também não]


    outro poema mais-que-perfeito que não conhecia e que suspeito um dia destes terá de ser pedido emprestado ;)

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  2. levo-o emprestado de noite, devolve-mo de dia

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