Abro-te a porta do poema; e tu
espreitas para dentro da estrofe, onde
um espelho te espera.
Nuno Júdice
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Avísame cuando dejes de quererme
Despedida
Avísame cuando dejes de quererme. Cuando ya no te inunden mis recuerdos, cuando se te haya escapado el olor de mi nuca y no me puedas ver corriendo por el jardín. Avisa cuando nuestras canciones solo sean música, cuando el color azul no sean mis ojos y el delantal repose desnudo en el colgador. Me bastará con que una noche, mientras nos lavamos los dientes, me preguntes ¿perdona, te conozco de algo?
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O Dia do Pai em Portugal é comemorado no dia *19 de Março *em Portugal. Mas
esta celebração varia de país para país...
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Poema de Hagiwara Sakutaro (1846-1942), poeta japonês, da sua colectânea
com o mesmo nome Aoneko (Gato Azul) de 1923. GATO AZUL É bom amar esta bela
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Tragédia no Mar
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"Tragédia no Mar" é a denominação do feliz grupo escultórico de José João
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CARLOS POÇAS FALCÃO
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tomorrow never comes (III)
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Carta a Paris 16 de Março de 2015
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16 de Março 2015
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Está frio. O céu, imenso e de um cinza quase branco, leva-me os sentidos e
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1930-2015
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não chamem logo as funerárias,
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SANTO ANTONINHO DOS ESQUECIDOS
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* para o José Carlos Soares*
O esquecimento tem portões
fechados e velas a acordar
o crepúsculo enquanto o vento
sop...
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Vestiu-se de nevoeiro e foi dançar
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mão na anca e outra estendida no ar
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Espaço : se alguém disser que morri...
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Robert & Shana Parkeharrison
*se alguém disser que morri, avança até à varanda do céu,*
*escuta a noite e recolhe o meu corpo da espuma dos planetas.*
*nã...
O espanhol é uma língua muito forte, Ana.
ResponderEliminarBasta lermos esta frase alto...
é verdade Luís, concordo plenamente. boa noite
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